Mais uma vez temos eventos de qualidade sobre o Brasil, em Madrid. Amanhã, 28/01, na Residencia de Estudiantes, às 19:30, temos a oportunidade de assistir a uma homenagem a dois grandes abolicionistas: Joaquim Nabuco e Rafael Maria Labra. Quem me conhece sabe que eu sou grande admiradora de outros dois grandes abolicionistas: Zumbi e Castro Alves, o poeta dos escravos. Para viver, respeitar a igualdade e lutar por ela é preciso conhecer e sentir a história, além de amar a humanidade, que é o primeiro de tudo. A Fundación Cultural Hispano-brasileña organiza o evento e nos ajuda a conhecer um pouco mais.
O Brasil, vergonhosamente, foi o último país do mundo a abolir a escravidão, em 1888. Esse país de terras tupiniquins foi "descoberto" em 1500 e, atualmente, estamos em 2014. Fazemos as contas e vemos que se trata de um país adolescente e com uma imensa dívida social, humana e cultural perante indígenas, africanos e seus descendentes. Uma dívida grande demais para sua pouca idade e que influencia diretamente no cotidiano desses coletivos afetados. Muito já foi feito, porém a LIBERDADE tão almejada ainda se esconde nas entrelinhas do racismo cotidiano que substitui o chicote daquela época por ferramentas e ações sociais/emocionais tão sangrantes como as da época do império.
Deixo aqui duas frases do grande Joaquim Nabuco:
A história da escravidão africana na América é um abismo de degradação e miséria que se não pode sondar.
O verdadeiro patriotismo, isto é, o que concilia a pátria com a humanidade.
Um abraço apertado,
Aline.